sábado, 12 de setembro de 2009

O SILÊNCIO

Eu sou filho de grandes cidades; precisei aprender a entender o silêncio na sua magia de desvendar os nossos mistérios interiores.
Aprendi também que o silêncio não é singular, pois é diverso e complexo para situações e pessoas diferentes; torna-se inimaginável quando tentamos moldá-lo aos nossos pobres costumes de querer defini-lo ou conceituá-lo.
O Silêncio faz-se presente ou simplesmente é percebido, preenchendo ou criando lacunas nem sempre vazias. Porque o excesso de sentimentos confunde-se com o próprio silêncio, que nem sempre significa ausência de sons ou de palavras escritas.
Ainda assim, o nosso amigo silêncio desvenda nossos mistérios, mesmo quando se trata da ilusão em pensarmos que as palavras escritas ou faladas são facas de mais de um gume. O silêncio é amigo, seja qual for o motivo da sua existência. A vida tem essa peculiaridade de tornar-se incógnita quando, silenciosamente, as emoções balançam as expectativas.

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